Cresce o número de investidores na Bolsa, mas o valor é reduzido

21/05/2020

O rendimento cada vez menor na Renda Fixa, a queda no preço das ações em meio a pandemia e o acesso às informações sobre o mercado financeiro cada vez mais facilitado têm levado o pequeno investidor para a Bolsa na busca pela diversificação do portfólio.

Dados divulgados pela B3, mostram que 1,9 milhão de pessoas investiam na Bolsa brasileira em março, com um número total de 2,4 milhões de contas – um investidor pode ter conta em mais de uma corretora. Os números levam em consideração posições em ações, fundos imobiliários, fundos de índice (ETFs) e BDRs (Brazilian Depositary Receipt).

Neste mesmo mês de março - mês de forte volatilidade nos mercados, com queda de 30% do Ibovespa - 223 mil CPFs se cadastraram na Bolsa brasileira e 30% destes fizeram o primeiro investimento com menos de R$ 500.

“Essa entrada de novos investidores é bastante importante porque as pessoas físicas têm resiliência com o mercado financeiro, mas geralmente são os compradores que ficam com as ações por um tempo considerável e trazem maior diversificação”, afirma Tarcisio Morelli, diretor de inteligência de mercado da B3.

O saldo mediano dos investidores na Bolsa brasileira, no entanto, caiu de R$ 19 mil em 2018, para R$ 8 mil em março deste ano, o que demonstra que não só o perfil do investidor está mudando, mas também as condições em que ele começa. Em fundos imobiliários, por exemplo, o número de CPFs subiu de 640 mil em dezembro de 2019, para 790 mil em março deste ano. Já o saldo médio caiu 62%, de R$ 16 mil para R$ 6 mil.

Além do aumento no número de CPFs, os dados mostram que o investidor está mais ativo na Bolsa. Enquanto em 2011, 100 mil investidores fizeram ao menos um negócio ao mês – número que seguiu estagnado até 2017, quando subiu para 200 mil – em março deste ano, esse grupo cresceu para 1,3 milhão de investidores, um aumento de 466%.

Mais diversificação

As pequenas quantias também não têm se mostrado um empecilho quanto a diversificação do portfólio e os investidores estão incluindo diferentes classes de ativos na carteira.

Segundo a B3, mesmo na faixa de saldos de até R$ 10 mil é possível observar 26% da base com mais de cinco ativos no portfólio. A instituição destaca ainda que em 2016, 78% dos investidores pessoas física detinham apenas ações na carteira. Em 2020, esse percentual caiu para 54% e outros produtos, como fundos imobiliários e ETFs, passaram a compor as carteiras também.

Jovens investidores

Se em 2017 os mais velhos tomavam conta das operações, com 47% de participação com idade superior aos 60 anos, hoje o cenário é outro. De acordo com o levantamento, essa fatia caiu para 23% e a parcela de pessoas entre 25 e 39 anos subiu de 28% para 49%, o principal grupo de investidores atualmente.

Destaque ainda para as pessoas com até 24 anos, que representaram em março 10% da base dos investidores. Em 2016 e 2017, esse grupo respondia pela fatia de apenas 1% da base e era inexistente nos anos anteriores.

CLIQUE AQUI e confira a matéria original do site InfoMoney.

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Foto: Pixabay

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